O amadorismo da CBF não tem fim. Após sonhar com Carlo Ancelotti e vir seu sonho ruir no fim do ano, a entidade comete novas presepadas. Após demitir de forma polêmica Fernando Diniz do cargo de treinador da seleção brasileira masculina, a mais nova do amadorismo da CBF foi realizar a assinatura de contrato de Dorival Junior com a entidade como treinador da seleção brasileira masculina durante a coletiva de imprensa.
Isso mesmo, Dorival Júnior de forma oficial, no papel, somente virou treinador da seleção brasileira, durante a coletiva de imprensa.
“Hoje estou aqui representando a seleção mais vencedora do planeta, a que inspira muitos no mundo inteiro. E tem obrigação de voltar a vencer. O futebol brasileiro é muito forte, se reinventa. Não pode passar pelo momento que está passando. Que sirva de lição para que possamos encontrar um novo caminho. Nós aprendemos com o futebol brasileiro o caminho da vitória. E precisamos reencontrar esse momento”, disse Dorival na sua apresentação, que deseja que o torcedor brasileiro volte a acreditar e ter carinho pela seleção.
“Estou aqui para fazer a primeira convocação: a do torcedor brasileiro. A partir de agora não é a seleção do Dorival, é a seleção do povo brasileiro. Que acredite mais na seleção, que viva mais a seleção. Precisamos entregar uma seleção confiável, que passe credibilidade a todos nós. E, num segundo momento, tão importante quanto, convoco todos os profissionais que fazem parte do futebol, que estejam envolvidos com futebol. O futebol precisa de cada um de vocês”, declarou.
Dorival exaltou o ‘nacionalismo’, o ‘amor a pátria’ em sua primeira coletiva. Para ele, os jogadores convocados para seleção têm que sentir o peso e ter orgulho de usar a camisa da seleção brasileira.
“Todos nós temos que entender um pouco mais o que representa essa Seleção. Acima de tudo, que cada um assuma um pouco mais a responsabilidade quando forem convocados. A lição que o Zagallo nos deixou é uma lição que tem que ficar guardada para o resto da vida. O atleta que vem para cá não pode deixar de ter essa gana, essa garra de querer ganhar o tempo inteiro”, afirmou.
Na sua apresentação, o novo técnico da seleção masculina estava emocionado. “É uma satisfação, estou sinceramente emocionado, depois de tudo que eu vivi, de tudo que eu passei. E principalmente nos últimos seis, sete anos, conseguindo vencer dois momentos de muitas dificuldades dentro da minha casa, do meu lar. A minha esposa com um câncer muito agressivo, logo em seguida eu também fui diagnosticado. Isso me fortaleceu ainda mais e pude repensar pontos da minha carreira. São praticamente 54 anos em que o futebol vive dentro da minha casa”, comentou.
“Hoje completo 20 anos de treinador. Quatro a cinco anos parado nesse intervalo todo. 14 títulos alcançados, dois vice-campeonatos brasileiros, com o Santos em 2016 e com o Flamengo em 2018. É uma carreira para a qual me dediquei desde o início, de corpo e alma. Não imaginava que pudesse acontecer num momento como este, até porque um grande amigo meu aqui estava, o Fernando, por quem eu tenho um carinho e um respeito muito grande”, completou.
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não respondeu perguntas dos jornalistas, e apenas fez um breve pronunciamento, antes da assinatura do contrato entre CBF e Dorival. “Hoje anunciamos novo treinador da seleção brasileira, Dorival Júnior. Está neste momento consolidando projeto vitorioso para a Copa do Mundo de 2026. Contrato do período a partir de hoje e até pós-Copa de 2026”, declarou o mandatário da CBF.
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