Frutas e legumes frescos, pãozinho de macaxeira, bolinhos de batata doce e banana. Com produtos como estes, provenientes da agricultura familiar, a Prefeitura de Aracaju complementa o cardápio da alimentação escolar servida aos milhares de estudantes matriculados nas escolas e instituições filantrópicas da rede municipal de ensino. Na semana passada, as unidades de ensino começaram a receber a remessa desses itens para o ano letivo 2022.
A nutricionista Larissa Coelho, responsável pela Coordenadoria de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal da Educação (Coae/Semed), destaca que a agricultura familiar reforça a garantir de uma alimentação rica em nutrientes para os alunos da rede.
“Além do cardápio que é ofertado através de empresa terceirizada, para as escolas da rede, os produtos da agricultura familiar são servidos de maneira extra, na entrada ou na saída do estudante, uma ou duas vezes por semana. É uma das alternativas para variar a oferta de alimentos, respeitando a cultura, o hábito alimentar, além de incentivar a aquisição de gêneros alimentícios mais diversificados, que são sazonais e produzidos no estado de Sergipe”, explica a nutricionista.
Já para as entidades filantrópicas, são distribuídas, a cada semana, melancia, mamão, manga, broa, legumes e verduras. Para estas, os itens que chegam da agricultura familiar são utilizados para integrar todas as refeições. Para este ano, são responsáveis pelo fornecimento destes produtos cooperativas dos municípios de São Cristóvão, Moita Bonita, Japaratuba, Estância, Capela, Monte Alegre e Poço Redondo.
Programa nacional
A verba utilizada pelo Município para aquisição dos produtos é procedente do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual determina que, no mínimo, 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), deve ser investido na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Este ano, o valor investido, na capital sergipana, é de R$12.410.206,95.
Meses antes do início do ano letivo, a Coae contacta as cooperativas e solicita informações sobre o que está sendo produzido por elas. A partir de então, um cardápio é formulado, considerando a questão da sazonalidade dos alimentos e os hábitos alimentares dos estudantes. Após esta etapa, é realizada uma chamada pública e feita a escolha dos fornecedores.
“A Semed reconhece a alimentação escolar como importante aliada no desenvolvimento da aprendizagem, por isso é tão importante mantermos a qualidade e a referência nesta área. E a agricultura familiar vem, também, como grande aliada para o fornecimento de produtos saudáveis, que complementam a nutrição dos estudantes e, ao mesmo tempo, enaltece nossa identidade e auxilia na economia local”, ressalta a secretária da Educação de Aracaju, Cecília Leite.
AAN