A tuberculose é uma doença bacteriana e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. Nesta quinta-feira, 24, é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) faz um alerta sobre a importância da prevenção, identificação precoce e cuidados com a doença. Foram confirmados 235 casos na capital sergipana, em 2021; nestes primeiros meses de 2022, já foram registrados 51 novos casos de tuberculose.
“A pessoa com tuberculose normalmente apresenta febre vespertina, emagrecimento, fadiga e tosse recorrente, como explica a coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Tuberculose e Hanseníase, Débora Oliveira. “O ideal é que a pessoa rapidamente procure sua Unidade Básica de Saúde de referência, de forma que possa ser avaliada pela equipe de profissionais, inclusive sendo testada para comprovar se é o caso de tuberculose”, orienta a coordenadora.
Tipos de tuberculose
A tuberculose é classificada em três formas: a forma pulmonar que atinge o pulmão; a forma extrapulmonar, que atinge qualquer outro órgão, exceto pulmão; e a forma pulmonar mais extrapulmonar, quando o indivíduo é afetado pela tuberculose no pulmão ou em outro órgão. “Grande parte dos casos de tuberculose é da forma pulmonar, em que o principal sintoma é a tosse, que pode ser seca ou produtiva, por isso, para diagnóstico precoce, recomenda-se que todo sintomático respiratório, pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para a doença”, alerta Débora.
Diagnóstico e tratamento
A confirmação da doença é realizada por exames bacteriológicos (baciloscopia e cultura) e Teste Rápido Molecular (TRM), assim como também são utilizados exames auxiliares, como os de imagem, histopatológicos e bioquímicos. No caso da tuberculose pulmonar, a infecção mais comum, o usuário será encaminhado para o tratamento, que consiste no acompanhamento médico, exames periódicos e medicação específica, em uma UBS de sua região.
Rede especializada
Na Referência da Tuberculose localizada no Cemar Siqueira Campos são atendidos os casos de tuberculose extrapulmonar ou pacientes que apresentam reação da medicação do tratamento iniciado na Unidade Básica de Saúde.
“Aqui, os pacientes são atendidos e acompanhados por uma equipe multiprofissional, assistente social, enfermagem, nutricionista e médico pneumologista. A tuberculose tem cura desde que diagnosticada precocemente e tratada corretamente junto à adesão do paciente. Esse tratamento tem uma duração mínima de seis meses. Sob nenhuma hipótese a pessoa infectada deve abandonar o tratamento antes do tempo, mesmo que os sintomas tenham desaparecido”, enfatiza a coordenadora do Cemar, Luciana Araújo.
AAN