Com o objetivo de atualizar 250 profissionais das redes de saúde do município, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou nesta quarta-feira, 16, no auditório da Uninassau, o Seminário de Saúde Sexual e Reprodutiva.
“O Seminário promoveu a qualificação da atenção à saúde de homens e mulheres, em todos os ciclos de vida, com ou sem deficiência, com o propósito de ampliar o acesso à promoção da saúde”, explica a coordenadora do Programa Saúde Mulher, Léa Matos.
Palestrante, a enfermeira da rede municipal Cristiani Ludmila abordou os direitos legais e políticos, tema que permeia todo um cuidado, tanto para homens, quanto para as mulheres, independente de faixa etária ou orientação sexual, porque são direitos assegurados internacionalmente. “Isso significa o direito que as pessoas têm de ter acesso a orientações e aos insumos para que possam decidir espontaneamente como elas querem gerir a sua vida sexual; se desejam ter filhos ou não, se querem usar algum método contraceptivo. Nada é imposto, tudo é esclarecido e orientado”, afirma.
Médico da rede municipal, Wiliam Barcellos tratou, em sua palestra, sobre a responsabilidade do homem. Para ele, não se pode mais responsabilizar só a mulher, “existe a questão da paternidade com responsabilidade”. “Trabalhamos diversos grupos, desde o adolescente, o jovem e o adulto, ao idoso, porque este grupo ainda tem a saúde sexual ativa. Destacamos também a importância de informar a população sobre o uso do dispositivo intrauterino [DIU], por exemplo. Orientamos os profissionais para desmistificar o que é este método e clarear os benefícios para que mais mulheres possam aderir ao método”, ressalta.
Ainda durante o seminário, a enfermeira Marta Regina Goes falou sobre a prevenção, detecção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis. O evento foi finalizado com a palestra da assistente social da SMS, Tácia Suane Martins, que falou sobre o nome social da população trans. “A gestão tem se preocupado em fazer a adesão correta do uso do nome social para a população trans, por isso estamos atualizando os profissionais e fazendo toda a reformulação do sistema de Prontuário Eletrônico, para que as pessoas priorizem o uso do nome social, em detrimento do nome civil, dentro dos serviços e sejam acolhidas da melhor forma, sendo respeitadas pela forma da qual desejam ser chamadas”, orienta.
AAN