Com o objetivo de qualificar os serviços prestados por médicos e enfermeiros da Rede de Atenção Primária (Reap), a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou uma série de capacitações profissionais sobre as linhas de cuidados para pacientes diabéticos, hipertensos e obesos.
De acordo com o médico da SMS William Barcelos, esta atualização serve para aprimorar ainda mais os conhecimentos dos profissionais, e terá continuidade nos dias 16, 23 e 30 deste mês, sendo finalizada no dia 6 de abril. Em Aracaju, o acolhimento das pessoas com suspeita e confirmação de diabetes é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.
“Cada UBS conta com uma equipe de profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e nutricionistas, aptos a acolher essas pessoas. Nas Unidades, as equipes verificam se os usuários precisam ser encaminhados para o tratamento, e nos casos de maior complexidade os pacientes são encaminhados para o setor de endocrinologia do Cemar, no bairro Siqueira Campos, por meio da regulação da Secretaria”, explica William.
Setor Especializado de Endocrinologia Segundo a médica e referência técnica da endocrinologia da SMS, Vanessa Porto, a identificação e o tratamento precoce do diabetes são as principais estratégias para combater a doença. “No setor especializado são atendidos pacientes, tanto da capital quanto do interior do estado, para tratar os três principais tipos de diabetes. Eles recebem, também, atendimento no ambulatório de feridas e avaliação do pé diabético. Os critérios para esse encaminhamento correspondem aos pacientes com complicações renais, na visão, bem como casos onde o paciente possui outras alterações além do diabetes”, enfatiza.
Projeto Viver mais leveO diabetes é uma das doenças que mais matam no Brasil. Os óbitos estão relacionados a complicações do diabetes, hipertensão e alteração do colesterol. De acordo com a endocrinologista e professora doutora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Karla Freire Rezende, está sendo desenvolvido um projeto para que o usuário seja acolhido, e haja um olhar para a qualidade de alimentação e a saúde física. “O projeto contará com um aplicativo para celular, a partir do qual o paciente poderá interagir com a equipe de Saúde da Família de forma não presencial. Com este aplicativo, a equipe de saúde colocará informações sobre os temas relevantes para o projeto. Ao colocar o peso e a altura no aplicativo, por exemplo, de forma imediata receberá o IMC, os riscos à Saúde, de acordo com as possíveis comorbidades decorrentes do peso, e várias informações adicionais para uma orientação mais eficiente”, ressalta a endocrinologista.
AAN