A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), mantém diferentes estratégias ligadas à Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) com o objetivo de cuidar das pessoas que fazem uso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, e de suas demandas, sejam elas associadas diretamente ou não à relação prejudicial com o uso.
Os acolhimentos são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) AD Primavera e Infantojuvenil Vida; da Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) e do Projeto de Redução de Danos (PRD).
“O Caps AD Primavera atende adultos, e o Caps infantojuvenil Vida atende crianças, adolescentes e jovens de até 29 anos. Ambos são do tipo III, ou seja, funcionam 24 horas e dispõem de leitos de acolhimento noturno. Os dois são destinados às pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, e neles é possível, junto à equipe, construir o Projeto Terapêutico Singular [PTS] de cada usuário, a fim de pensar coletivamente nas estratégias de cuidado possíveis para cada um”, explica a coordenadora da Reaps, Chenya Coutinho.
Já a UAA acolhe essas pessoas, potencializando o projeto terapêutico que foi traçado no Caps, de modo a manter o acompanhamento psicossocial e articular outras ações de reinserção social.
Por usa vez, o PRD é um serviço de educação em saúde que trabalha com a perspectiva ético-clínica de diminuir os danos sociais e à saúde, provenientes do uso prejudicial de álcool e outras drogas ou mesmo de outras demandas, como a de saúde sexual, por exemplo.
“Este é um equipamento que trabalha prioritariamente no território junto às pessoas em situação de rua e que não acessam a unidade básica de saúde, além das profissionais do sexo. Os redutores de danos fazem visitas domiciliares, promovem ações educativas nas escolas e outras instituições, além de ações no território e nas cenas de uso. O trabalho, na maioria das vezes, é realizado em articulação com os Caps, Consultório na Rua e o departamento de IST/Aids e Hepatites Virais; além de outros parceiros”, enfatiza a coordenadora.
Dia Nacional de EnfrentamentoO dia 20 de fevereiro é alusivo ao Dia Nacional de Enfrentamento das Drogas e Alcoolismo. O crescimento do uso de drogas como uma forma de lidar com os atravessamentos da vida tem sido frequente. Neste sentido, o SUS utiliza-se de estratégias para dar suporte aos usuários e familiares, a fim de preservar a integralidade da vida, não apenas quanto ao aspecto físico, mas também quanto à perspectiva de uma melhor autogestão de sua vida, por parte da pessoa.
“Não existe uma fórmula ou um acompanhamento ideal, mas sim a realidade e o que é possível para cada um. Neste sentido, a oferta de cuidado e de escuta serve para que possamos compreender, através da vinculação, de que forma este suporte será construído por nós e pelo sujeito, se atentando e reconhecendo os desejos do mesmo, é o caminho real”, acrescenta Chenya Coutinho.
AAN