A reunião dos líderes da base aliada do governo Belivaldo Chagas (PSD) não definiu quem será o candidato a governador do grupo, mas serviu para garantir dois pontos: a unidade entre os membros está mantida e ninguém deixará a base. A definição do escolhido deverá ser confirmada até o final de janeiro, quando haverá uma nova reunião. Os líderes têm um entendimento que o nome a ser escolhido representará a todos, sem maiores constrangimentos.
Até onde conseguiu levantar de informações, este colunista mantém o entendimento de que o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) continua sendo o preferido, em especial, da maioria dos prefeitos e lideranças políticas do interior. Tem a simpatia da maioria dos líderes que participou da reunião também. O deputado estadual Luciano Bispo (MDB) reafirmou seu compromisso com o grupo, com o coletivo, mas manifestou seu desejo de compor a chapa majoritária, possivelmente como candidato a vice.
Para o Senado Federal três nomes ainda estão muito bem postos: o ex-deputado federal André Moura, o deputado federal Laércio Oliveira (PP) e o ex-governador Jackson Barreto (MDB). Uma fonte que teve acesso a detalhes da reunião explicou que, em momento algum, JB fez qualquer imposição, no sentido de exigir a vaga de senador na chapa. A “costura” aí será grande e vencerá aquele que tiver melhor e maior articulação política.
Uma das grandes “surpresas” da reunião foi o comportamento do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Ele havia manifestado, anteriormente, que não disputaria a eleição e, recentemente, vinha colocando seu nome à disposição. Pelas informações recolhidas por este colunista, diante dos líderes do agrupamento, Edvaldo confirmou suas intenções, mas fez maiores exigências, ou seja, sinalizou que se não for o escolhido, vai respeitar e seguir a decisão da maioria.
Quem deve ter saído bastante satisfeito da reunião foi o governador Belivaldo Chagas que conseguiu aproveitar a oportunidade para que cada liderança expusesse seu ponto de vista, para “lavar a roupa suja” e aparar qualquer tipo de aresta. Com a sinalização para a unidade, o “galeguinho” fica mais à vontade para apontar e melhor conduzir o processo de sucessão ao longo de 2022. A situação alinhada é um “complicador” a mais que os adversários terão que superar.
Agora, cada um dos pretendentes ao governo do Estado, precisam “arregaçar as mangas” e trabalhar até meados de janeiro. Alguns setores apostam na definição para após o Carnaval. Este colunista não acredita, até porque, sem coligações, os pré-candidatos proporcionais (deputados federais e estaduais), com ou sem mandato, precisam desta definição para definirem o melhor partido e se continuam ou não na base governista. É possível que, até fevereiro, o “martelo seja batido”…