A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reforça a importância da população procurar os pontos de imunização para tomar a vacina contra a covid-19. Como já é notório e chancelado pela Organização Mundial da Saúde, quem não se vacina ou não completa o esquema vacinal, não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação da doenças e suas variantes.
A infectologista da SMS, médica Fabrízia Tavares, lembra que a vacinação tem demonstrado uma redução significativa de novas infecções, internamentos e mortes pela covid-19. Contudo, a população deve continuar se dirigindo aos postos de vacinação para evitar complicações pela doença, isso porque existe uma preocupação, por parte das autoridades sanitárias, em relação à proliferação da variante Delta no Brasil, cepa mais contagiosa.
“A vacinação, com seu esquema completado, confere, sim, como já temos evidenciado em estudos robustos em diversos países, a efetividade nas reduções significativas dos internamentos e dos óbitos por covid-19. A questão primordial é que entendamos que quanto maior a cobertura vacinal, ou seja, quanto mais pessoas com seus esquemas completados das vacinas, menor é a circulação do vírus entre nós, minimizando a chance do aparecimento de novas variantes de interesse, e mais rápido é o retorno mais seguro e duradouro às atividades sociais e econômicas”, destaca a médica. Nesse sentido, a imunização é a medida farmacológica de maior eficácia disponível no mercado em todo o mundo para proteger as pessoas das complicações causadas pela Sars-Cov-2, a qual pode levar à morte.
Até o momento, Aracaju tem 471.970 pessoas vacinadas contra a covid-19, das quais 265.661 já estão com o esquema vacinal completo. Contudo, uma parcela da população ainda não foi vacinada, o que é preocupante, mesmo a SMS realizando campanhas exclusivas, a exemplo da repescagem, que visa vacinar o público que, por algum motivo, deixou de tomar o imunizante.
Fabrízia destaca que o país vive uma fase importante no tocante ao avanço da vacinação, contudo, ainda é preciso tomar cuidado e não relaxar com as medidas de biossegurança, em virtude da variante Delta.
“Estamos vivendo uma fase da pandemia crucial e estratégica, em que o andamento da campanha de vacinação está tendo uma celeridade importante, mas em contrapartida, estamos nos deparando com uma nova variante de interesse, a Delta, também conhecida como variante Indiana, cuja transmissibilidade é três a quatro vezes maior que a cepa original. Lembrando que o risco de uma variante altamente infectante, apesar da baixa letalidade observada, é a capacidade de causar muitos adoecidos de uma só vez, com maior busca dos serviços de saúde, retorno da “competição” por vagas de UTI, aumentando, assim, a mortalidade por uma nova onda de infecção por uma nova variante do Sars-Cov-2″, coloca.
Conforme a infectologista, existem centenas de variantes sob investigação e acompanhamento, mas apenas quatro foram definidas como de interesse, pelo maior risco de transmissão e de causar adoecimentos e óbitos.
“A vigilância e a manutenção das medidas de precaução por parte de todos devem ser ainda rotineiras. As pessoas têm que entender que a vacina, assim como aquelas feitas para outras doenças infectocontagiosas já erradicadas no país, são o maior e melhor instrumento. Os eventos adversos leves que, porventura, surjam, podem acontecer, mas nada se compara à doença e ao óbito pela doença. Vamos em frente. Sigamos com os cuidados, para que não haja retrocessos em nossas atividades socioeconômicas já conquistadas até agora. Vacinem-se! Protejam a si mesmos e a quem vocês amam”, recomenda a médica.
AAN