Na semana passada, a Prefeitura de Aracaju entregou à população duas escolas totalmente reformadas: as Emefs Carvalho Neto e Dom José Vicente Távora. Com espaços amplos e modernos, as duas unidades agora estão equipadas com a tecnologia da lousa digital.
As lousas digitais são tecnologias utilizadas para projetar a tela do computador, celular ou tablet no quadro da sala de aula. Além disso, são interativas. Com uma caneta digital, é possível escrever, pintar, destacar e realizar diversas outras técnicas utilizando a lousa digital. Atualmente, mais de 200 lousas estão distribuídas em 38 escolas da rede municipal de ensino.
“As lousas digitais são um ganho imenso para o processo de alfabetização e também para alunos de todas as idades e séries. Hoje em dia, as crianças e adolescentes vivem imersas em um mundo digital e é isso que as fascina. Por este motivo, temos que adequar os conteúdos pedagógicos aos meios digitais para acompanharmos essa evolução”, pontua a secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite. A tecnologia da lousa digital está disponível na rede municipal de ensino de Aracaju desde 2012. Os professores receberam formação sobre como utilizar o aparelho e também de todos os recursos que ele oferece.
Recurso facilitador
A professora Advanusia Santos Silva de Oliveira está na rede municipal de ensino desde 2015 e leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oviêdo Teixeira. Mestra em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), ela escreveu sua dissertação sobre o processo de alfabetização com criança do Ensino Fundamental mediado pela lousa digital.
“Nossos alunos são diferentes, cada um tem habilidades e competências diferentes, e com a lousa todos conseguem executar as atividades, até mesmo aqueles que tinham dificuldade em leitura, em resolução de problemas”, explica Advanusia.
Com 14 recursos diferentes para serem utilizados, a professora e pesquisadora concluiu que o uso da lousa digital a facilita tanto o trabalho do professor, quanto a aprendizagem dos estudantes.
“A lousa é um projetor e quadro interativo e o professor pode utilizar para qualquer disciplina de qualquer ano. Até mesmo a gestão pode utilizá-la para a formação de professores. É possível exibir vídeos, pois a própria lousa tem saída de áudio. Tem as canetas que o aluno pode escrever, desenhar, pintar, fazer leituras, fazer todo o processo de interação. Eles se motivavam, querem participar da aula”, destaca a professora.
O investimento em lousas digitais realizado pela Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), está de acordo com a competência número quatro apontada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que trata da utilização de diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital.
“As diretrizes da Educação dizem que o aluno tem que estar alfabetizado até o terceiro ano e a lousa facilitou isso. Além disso, o professor pode analisar a parte afetiva do aluno, a sua interação, a psicomotricidade. Tive alunos com autismo, com baixa visão e que iam para o quadro e interagiam com a lousa digital”, completa a professora.
AAN