O município de Aracaju está entre os 32% dos municípios sergipanos que garantem a total transparência no plano de vacinação contra covid-19. A lista foi divulgada pelos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho (MPs), que fiscalizam as atividades relativas à aplicação das doses. As fiscalizações dos órgãos de controle têm como objetivo garantir a transparência, promover o controle sobre os vacinados e, com isso, evitar a vacinação indevida de pessoas que não fazem parte do grupo de risco.
Os órgãos orientaram os 75 municípios de Sergipe a viabilizar a ampla divulgação, em seus sites oficiais, do plano municipal de vacinação e do quantitativo de vacinas recebidas do Governo do Estado. Também foi solicitada a quantidade distribuída por unidade que realizará a vacinação. Outra recomendação foi a publicidade diária nos sites oficiais, de forma acessível à população, a relação das pessoas vacinadas no dia respectivo, com identificação de nome, local onde foi feita a imunização, função exercida e local onde a exerce (se aplicável).
“Os nomes e dados de todos os vacinados são publicados no portal da Prefeitura e enviados para os MPs, a fim de que o processo tenha o máximo de transparência possível. Mas é sempre bom destacarmos que temos a maior população e a maior concentração de profissionais, o que nos dá, também, maior complexidade entre os municípios. Portanto, a estatística a ser considerada para imunização deve se basear no quantitativo de pessoas em cada grupo prioritário e não no número geral de doses enviadas sem ponderar a particularidade de cada município”, acrescenta a gestora da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Waneska Barboza.
Perda de dosesAlém do fator da transparência, a Prefeitura foi citada pelos MPs como exemplo de boas práticas ao cumprir a recomendação de que os entes públicos executores da campanha de vacinação devem adotar medidas para evitar o descarte de vacinas, a fim de não causar perdas por tempo de validade após a abertura dos frascos, mas sempre observando a ordem dos grupos prioritários, em especial os idosos.
Para atender a essa questão, Aracaju adequou a logística de trabalho nas salas de vacina da capital e em todas as estratégias utilizadas para a vacinação, que poderiam mudar de acordo o tipo de frasco e de vacina recebida, considerando a validade do uso após a abertura dos frascos. Além disso, foi enviada a todos os profissionais da capital uma Nota Técnica com orientações sobre o que fazer com as doses remanescentes das vacinas.
“Além dessas orientações, firmamos uma parceria com a Secretaria de Assistência Social para que as pessoas em situação de rua também fossem contempladas. E é importante destacar que medidas como essas são essenciais para reduzirmos ao máximo as perdas, pois acreditamos que otimizando esse fluxo, aproveitando cada dose, vamos conseguir diminuir a circulação do vírus em nossa cidade com mais eficiência”, reforça a secretária Waneska Barboza.
Entre as estratégias descritas no documento estão:1. Ter uma lista com os nomes dos idosos de cada área de trabalho para a vacinação, considerando a ordem das faixas etárias prioritárias no momento de cada fase de vacinação: 80 anos e mais, seguindo, de 70 anos a 79 anos, 60 a 69 anos;
2. Ter uma lista nominal dos trabalhadores de saúde, que mesmo fazendo parte do Plano Nacional de Vacinação, não se encontram no momento dentro do critério de priorização no trabalho diretamente com pacientes COVID-19;
3. Ter uma lista com nome de pessoas que tomaram a 1 dose em outro estado e que no momento encontra-se em Aracaju no prazo de tomar a segunda dose.
4. Possuir uma lista com pacientes que se enquadram na condição de acamados e com comorbidades, descritos no Plano Nacional, com a idade inferior a 60 anos para que possa também ser vacinados.
AAN