No Senado dos Estados Unidos, termina na noite desta sexta-feira (24) a exposição de argumentos dos integrantes do Partido Democrata, que querem a destituição do Presidente da República.
O foco, nesta sexta (24), é na acusação de que o presidente Donald Trump obstruiu as investigações do impeachment, na Câmara. Em setembro de 2019, a Câmara abriu formalmente o processo de impeachment, depois que um funcionário do governo revelou que Trump pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que investigasse o filho do rival adversário político, Joe Biden.
Biden é um possível adversário de Trump na eleição de novembro.
Os comitês da Câmara responsáveis pela investigação intimaram a Casa Branca a entregar documentos e também intimaram integrantes do governo a depor. Trump negou todos esses pedidos, o que motivou a acusação de obstrução do Congresso.
Nos últimos dois dias, os democratas, que servem como promotores no julgamento de Trump no Senado, se concentraram em descrever, detalhadamente, a outra acusação contra o presidente. A de abuso de poder, por ter usado o cargo para obter vantagem na próxima eleição.
O objetivo imediato da oposição, do Partido Democrata, é conseguir pelo menos quatro votos de senadores republicanos dissidentes para poder requisitar documentos e convocar testemunhas. Se isso acontecer, o julgamento poderá durar semanas, com um custo político alto para o presidente. Mas as chances são pequenas. Neste sábado (25), os advogados de Trump começarão a fazer a defesa do presidente e o mais provável é que o julgamento acabe na semana que vem sem nenhum depoimento.
Nesta sexta, numa tentativa de dividir a atenção do público americano e também agradar os eleitores mais conservadores, Trump participou de uma marcha contra o aborto. Foi a primeira vez que um presidente participou do evento.