Hoje, 21 de outubro, é o Dia Nacional da Alimentação Escolar, data em que se celebra os avanços das políticas públicas nesse campo e conscientiza sobre a importância de refeições saudáveis e adequadas para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos. Realizada pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), por meio da Coordenadoria de Alimentação Escolar, a oferta desse serviço é tratada como prioridade pela Prefeitura de Aracaju. De janeiro a setembro deste ano, R$ 23,5 milhões já foram investidos no setor, montante que possibilitou a entrega de 4,9 milhões de refeições em 79 escolas e sete anexos da rede pública da capital.
De acordo com o coordenador de Alimentação Escolar da Semed, Rafael Fontes, os cardápios de todas as unidades escolares são elaborados cuidadosamente por equipe de nutricionistas. Mensalmente, eles são enviados às escolas e atendem a alunos de todos os níveis de ensino e modalidades em que a Semed atua, da creche à Educação de Jovens e Adultos (EJA), totalizando cerca de 34 mil estudantes. “Existe um cuidado e uma preocupação voltada a cada faixa etária, para atender as necessidades nutricionais distintas das pessoas de variadas idades. A todos os públicos, focamos em fornecer uma alimentação equilibrada, saudável e de qualidade”, frisou Rafael Fontes.
Conforme o coordenador, a Semed segue as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que possui critérios voltados à promoção de uma alimentação saudável e proíbe aquisições de ultraprocessados. “Nosso cardápio, em sua maioria, é composto por alimentos in natura e minimamente processados. Não adquirimos alimentos que estão no hall da proibição, como balas, biscoitos recheados, bolos com coberturas, salsicha, entre outros”, informa Rafael.
Na rede de Aracaju, estudantes com diversas necessidades nutricionais especiais têm acesso a cardápios adaptados. Alunos autistas com seletividade alimentar, ou com diabetes, hipertensão, doença celíaca, intolerância à lactose e vários tipos de alergias, como ao leite, ao ovo, soja e frutas são assistidos por meio de um trabalho profissional especializado. A intervenção tem início após o envio de relatórios médicos ou nutricionais de profissionais ligados à saúde. “Analisamos esse documento e enviamos o nosso à escola, para as merendeiras terem ciência e adaptar o cardápio de acordo com cada necessidade”, aponta.
Para garantir a oferta de uma alimentação adequada a todos os alunos, Rafael explica que, diariamente, as equipes da Coae acompanham de perto como o serviço é desenvolvido na rede. “Por mês, todas as escolas municipais são fiscalizadas por nossos nutricionistas. Nas visitas, eles avaliam a qualidade dos produtos, questões de higienização, modo de preparo, quantidade disponível, o respeito ao cardápio e às condições das cozinhas”, afirma.
Todo esse zelo e cuidado também se estende às merendeiras das escolas. Regina Eliana, da escola Sérgio Francisco da Silva, conta que tem oito anos de experiência como cozinheira, e aplica todo o seu conhecimento e habilidades para agradar aos alunos. “Quando a gente chega aqui, às 6h30 da manhã, fazemos a limpeza, a higienização com cuidado das frutas e verduras, e selecionamos os demais alimentos que são passados pra gente pelos nutricionistas. A comida é devidamente preparada, bem temperada, com tempero saudável, tudo alimento saudável. Tudo é feito com muito carinho e cuidado”, ressalta a merendeira.
Aluno autista com seletividade alimentar do 5º ano da Escola Sérgio Francisco da Silva, Henzo Luan, de 10 anos, é um exemplo de aluno da rede que teve a rotina alimentar transformada. Ele ingressou na unidade em 2022, período em que se alimentava de maneira mais restrita. Segundo a mãe de Henzo, Williane Silva, ele gosta tanto do cardápio que passou a comer coisas que não aceitava antes, a exemplo de cuscuz, arroz, cenoura, frango cozido, carne moída, carne vermelha, frutas como uva e maçã, além dos sucos de acerola e goiaba. “A minha comida preferida da escola é a macarronada com carne moída, e arroz com cenoura, uma delícia. Peço pra minha mãe fazer igual ao da escola em casa”, relatou o aluno.
PMA
