A Prefeitura de Aracaju e o Governo de Sergipe promoveram, nesta terça-feira, 7, um workshop para apresentação do projeto ‘Centro Vivo’, iniciativa que vai nortear as ações de requalificação do centro da capital. O encontro teve como objetivo ampliar o debate, promover a troca de experiências e planejar ações conjuntas voltadas às áreas de urbanismo, comércio, economia, cultura, turismo e mobilidade. A programação se estendeu durante todo o dia, com mesas temáticas no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL).
O Centro Vivo propõe uma cidade mais humana, verde e conectada, inspirada no conceito da “Cidade Caminhável de 15 minutos”, garantindo mobilidade acessível e inclusiva. O projeto está estruturado em eixos como a Orla Fluvial do Rio Sergipe, reforma e ampliação dos calçadões, despoluição visual das fachadas históricas, implantação de mobiliário urbano, requalificação de praças, criação de conexões seguras entre terra e rio e integração de atividades esportivas, culturais e de lazer. A proposta valoriza o patrimônio histórico e paisagístico do centro e do Rio Sergipe, reforçando o sentimento de pertencimento e estimulando o turismo, a cultura e a convivência nos espaços públicos.
Para a prefeita Emília Corrêa, o seminário representa um passo importante para revitalizar o coração da cidade. “Nós estamos efetivamente dando início, materializando todo um projeto. A prefeitura começou fazendo isso já com a pavimentação nas ruas do centro da cidade e a limpeza de bueiros. Isso tudo já é a prévia daquilo que a gente quer fazer. Mas claro que a gente não consegue fazer tudo isso sozinho. É necessário que as parcerias aconteçam. É importante que a prefeitura esteja em parceria com o governo do Estado, com outros entes, para que as coisas aconteçam. Porque o dinheiro do tesouro por si só não dá. A gente tem ido buscar recursos e, com certeza, as coisas agora tendem a acontecer”, destacou.
A prefeita reforçou ainda que o centro voltará a ser um espaço vivo e multifuncional. “O centro não vai ser apenas um centro comercial antigo: será um centro com espaços de convivência, gastronômico, cultural, e tudo isso a gente vai trazer de volta”, afirmou. Emília Corrêa adiantou que a gestão estuda o retorno da sede da prefeitura para o centro, além da construção de uma creche e ações para fortalecer o turismo e o comércio na região. Ela também destacou o lançamento do Observatório Econômico de Aracaju e a divulgação do Censo do Centro Comercial. “A gestão está investindo sempre em ferramentas de inteligência e informação para subsidiar políticas públicas e decisões estratégicas”, completou.
O secretário especial do Planejamento, Orçamento e Inovação de Sergipe, Júlio Filgueira, que representou o governador Fábio Mitidieri, destacou o workshop como um marco de parceria entre o Estado e o município. “Nós estamos convencidos de que só será possível um programa efetivamente responsável e que esteja em sintonia com aquilo que a cidade precisa se estiverem juntos Estado e Prefeitura. Mais do que isso, é preciso que aqui signifique um gesto de confiança. Em qualquer lugar do mundo onde houve processo de revitalização do centro, a iniciativa privada, o comércio, os empresários, os empreendedores, o movimento social e a moradia sempre estiveram juntos. Então o governador e a prefeita chegaram à conclusão, e nós saudamos essa iniciativa, de que é preciso estabelecer qual deve ser o modelo de governança para que a gente lidere um grande programa”, afirmou.
O secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão de Aracaju, Thyago Silva, também ressaltou a importância da cooperação entre as esferas de governo e da troca de ideias. “Esse momento é maravilhoso para compartilhar ideias e projetos. Desde sempre a prefeita Emília teve um olhar sensível para o centro, para a revitalização e regeneração dessa área. Tanto é que, no início da gestão, ela já começou fazendo algumas inserções, asfaltando de ruas, desobstruindo bueiros e revitalizando calçadas de acessibilidade. Hoje a gente traz projetos maiores, convidando o Estado para juntos iniciarmos algo tão importante que é a revitalização do centro, o coração pulsante da nossa cidade”, frisou.
A programação seguiu com a mesa de discussão “O Futuro dos Centros Urbanos: Lições de Barcelona para Aracaju”, conduzida pelo arquiteto Enric Truñó Lagares, ex-vereador e ex-secretário de Esportes de Barcelona (1981-1995), um dos responsáveis pela organização dos Jogos Olímpicos de 1992. Ele destacou que o objetivo principal era ouvir e contribuir. “Sabemos que já existe um trabalho relevante, tanto da prefeitura quanto do governo do Estado, para a revitalização do centro de Aracaju. Vamos ver, a partir deste momento, como trabalhamos com consenso, parcerias público-privadas e liderança da prefeitura, porque esta é uma cidade que precisa da cooperação de todos. Também vou explicar as ações que fizemos em Barcelona na transformação e revitalização do centro urbano”, disse.
O público também participou de debates sobre os temas “Ações e Desafios do Centro e as Iniciativas Públicas e Privadas”, “Cultura, Comércio e Turismo” e “Planejamento Urbano e Políticas Públicas para o Fortalecimento do Território”.
Presenças
Participaram da abertura solenidade os secretários municipais Dilermando Júnior, do Desenvolvimento Econômico e da Inovação (Semde); Sérgio Guimarães, da Infraestrutura (Seminfra); Paulo Corrêa, da Cultura (Secult Aju); Sidney Tiago, da Fazenda (Semfaz); Fábio Uchôa, da Articulação, Parcerias e Investimentos (Sempi), Simone Valadares, da Família e da Assistência Social (Semfas); além do presidente do Aracaju Previdência, Luciano Paz.
Também estiveram presentes o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo de Sergipe, Jorge Teles; o presidente da CDL Aracaju, Elison Bonfim; os vereadores Breno Garibaldi e Selma França; o capitão dos Portos de Sergipe, Luiz Felipe Lima Santos; o superintendente do Iphan, Luiz Eduardo Oliva; o superintendente do Patrimônio da União em Sergipe, Waldoilson Leite; o presidente da Agência Desenvolve-SE, Milton Andrade; o presidente da Acese, Maurício Vasconcelos; o superintendente do IEL, Rodrigo Rocha; o presidente da Cehop, Jorge Henrique; o representante da Aseopp, Geraldo Magela, e o diretor-superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda.
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