Visitei a exposição “75 anos de Arte”, do confrade Ismael Pereira, no Centro Cultural (Antiga Alfândega), hoje pela manhã. Fiquei encantado com a beleza das obras, especialmente “Banda de Pífano” e “O Cinema”. A peça “O Cinema” me transportou para um momento único da história do sertão, lembrando-me do registro feito no livro “Variações em Fá Sustenido”, crônicas de Zózimo Lima, que descreve Lampião visitando o cinema em Capela.
Visitei a exposição um dia após a abertura, o que me permitiu ter uma experiência mais íntima e silenciosa, típica de um filósofo. Nesse ambiente sereno, percebi que a estética de Hegel faz todo sentido: a beleza da arte, criada pela mão do homem, precisa ser apreciada com o mesmo silêncio da natureza, apenas com o som do vento ao fundo. Nesse momento, senti que a arte transcendia o tempo e o espaço, permitindo-me conectar com o infinito.
A exposição de Ismael Pereira é um convite à reflexão sobre nossa relação com a arte e a vida. Suas obras são um testemunho da riqueza cultural do nosso sertão e da importância de preservar nossa memória. É uma experiência que recomendo a todos que apreciam a arte e a beleza.