O julgamento que pode redefinir a trajetória política do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou contornos ainda mais dramáticos nesta quinta-feira (11). O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a aplicação de uma pena dura: 27 anos e 3 meses de prisão, a serem cumpridos em regime fechado.
Segundo Moraes, Bolsonaro não apenas participou, mas liderou a organização criminosa que tentou sabotar o resultado das eleições de 2022, colocando em risco o Estado Democrático de Direito.
Além da pena privativa de liberdade, o ministro também propôs 124 dias-multa, cada um fixado em dois salários mínimos, o que eleva ainda mais a carga punitiva contra o ex-presidente.
Na sustentação, Moraes dividiu a pena em duas frentes: 24 anos e nove meses de reclusão, somados a 2 anos e seis meses de detenção. O voto encontrou respaldo imediato no colega Flávio Dino, que o acompanhou integralmente.
O ministro Luiz Fux, porém, apresentou divergência parcial, sinalizando um entendimento diferente em relação ao tempo de condenação. Apesar disso, Moraes ganhou reforço com os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que também aderiram à sua posição.
O posicionamento da maioria dos ministros indica que Bolsonaro pode enfrentar sua pena mais severa desde que deixou o Palácio do Planalto.
Por Redação
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