A Constituição Americana de 1787 foi um marco importante na história dos Estados Unidos, estabelecendo os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade que guiariam a nação. Segundo Voltaire Schilling, a Constituição Americana de 1787 foi um documento que refletia os ideais da época, mas também apresentava contradições e limitações.
A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) foi um conflito que envolveu a Grã-Bretanha e a França, e os colonos americanos foram chamados a participar da guerra. Após a guerra, a Grã-Bretanha impôs uma série de taxas sobre os produtos importados pelos colonos, incluindo o chá, conforme estabelecido pela Lei do Chá de 1773, e o açúcar, conforme estabelecido pela Lei do Açúcar de 1764. Isso gerou descontentamento entre os colonos, que se sentiam explorados e oprimidos pela Coroa Britânica.
A participação dos colonos na Guerra dos Sete Anos criou um sentimento de liberdade e autonomia entre eles. Eles começaram a questionar a autoridade da Coroa Britânica e a exigir mais direitos e liberdades. As ideias iluministas de John Locke e outros pensadores influenciaram os colonos a defenderem a propriedade privada e a liberdade individual.
A Constituição Americana de 1787 estabeleceu os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade que guiariam a nação. No entanto, a prática na formação da sociedade estadunidense foi mais complexa e contraditória. Os princípios ideais da Constituição incluíam:
- Liberdade: Liberdade individual e igualdade de direitos
- Igualdade: Igualdade de direitos para todos
- Fraternidade: Fraternidade e solidariedade entre os cidadãos
- Propriedade Privada: Proteção da propriedade privada
- Governo Representativo: Governo representativo e democrático
No entanto, a prática na formação da sociedade estadunidense revelou-se diferente. A escravidão foi mantida no Sul, apesar da Constituição proclamar a liberdade e a igualdade. As mulheres não tinham direitos iguais, e a propriedade privada foi protegida para alguns, mas não para todos. Os interesses econômicos prevaleceram sobre os ideais de igualdade e liberdade, e o governo representativo foi limitado para certos grupos, como as mulheres e os escravos.
Um quadro comparativo entre os princípios ideais e a realidade revela a complexidade e a contradição da formação da sociedade estadunidense:
- Liberdade → Manutenção da Escravidão → Restrição da Liberdade
- Igualdade → Desigualdade de Direitos → Desigualdade
- Fraternidade → Interesses Econômicos → Interesses Particulares
- Propriedade Privada → Proteção Parcial → Proteção para Alguns
- Governo Representativo → Limitações do Governo Representativo → Representação Limitada
Em resumo, a Constituição Americana de 1787 foi um documento importante que estabeleceu os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, mas a prática na formação da sociedade estadunidense foi mais complexa e contraditória. A análise da Constituição Americana de 1787 mostra que os princípios ideais não foram sempre refletidos na prática, e que a formação da sociedade estadunidense foi influenciada por interesses econômicos e sociais que prevaleceram sobre os ideais de igualdade e liberdade.
Autor: Antônio Porfírio de Matos Neto
- Graduações: Direito, Economia, Filosofia, Ciência Política e Administração
- Graduando: História, Teologia e Engenharia de Produção
- Pós-graduação: Gestão Municipal
- Pós-graduando: Gestão Pública
- Mestrado: Economia
- Doutorando: Filosofia