O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a sair em defesa do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (15), ao comentar o pedido de condenação apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-chefe do Planalto.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Trump classificou a situação como uma “caça às bruxas” e disse lamentar a ofensiva judicial contra o aliado brasileiro.
“Bolsonaro é um bom homem. Conheci líderes de todo o mundo – primeiros-ministros, presidentes, reis e rainhas – e posso dizer: sou muito bom em julgar caráter. Bolsonaro não é desonesto. Ele ama o povo brasileiro e lutou muito por eles”, afirmou Trump, ao ser questionado por jornalistas.
Ao recordar negociações comerciais travadas quando ambos eram presidentes, Trump elogiou a postura firme de Bolsonaro nas mesas de diálogo.
“Ele negociou acordos difíceis comigo, sempre em nome do povo brasileiro. Foi duro, porque queria o melhor para o Brasil. Não é um homem desonesto. Isso que estão fazendo com ele é uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo. Eu sei disso”, enfatizou.
Trump também reforçou que, apesar de não serem amigos íntimos, nutre respeito pela trajetória do ex-presidente brasileiro.
“Veja, ele não é como se ele fosse meu amigo. Ele é alguém que eu conheço. E sei que ele representa milhões de pessoas, brasileiros, são ótimas pessoas, e ele ama o país, e lutou muito por essas pessoas, e eles querem prendê-lo. E eu acho que isso é uma caça às bruxas, e acho muito lamentável”, disse Trump, que evitou questionar a decisão da PGR.
As declarações vêm num momento delicado para a relação entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, o governo americano anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida polêmica que vem causando barulho nos bastidores da economia.
Segundo fontes próximas à Casa Branca, Trump tem sido pressionado por empresários norte-americanos a rever a taxação, sob pena de prejudicar investidores dos Estados Unidos com fortes interesses no mercado brasileiro. O setor produtivo teme prejuízos bilionários e acredita que a escalada tarifária pode gerar efeitos colaterais nas cadeias de fornecimento entre os dois países.
Por Redação
Foto: Reuters/PR