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A Luta pela Emancipação: Sergipe entre a Lealdade e o Interesse Econômico – 8 de Julho de 1820

10/07/2025
in Destaques, Sergipe
A Luta pela Emancipação: Sergipe entre a Lealdade e o Interesse Econômico – 8 de Julho de 1820
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Em 8 de julho de 1820, Sergipe conquistou sua emancipação política, tornando-se uma província autônoma. Esse processo foi resultado da lealdade da região à Coroa portuguesa e sua oposição ao movimento republicano de Pernambuco em 1817. Sergipe não aderiu à Revolução Pernambucana, que buscava estabelecer uma república independente em Pernambuco, e, ao contrário, enviou tropas para sufocar a revolução.

Nessa conjuntura, os donos de engenhos de Sergipe apoiaram firmemente a posição de Dom João VI contra o movimento republicano, demonstrando sua lealdade à Coroa portuguesa. Já os comerciantes sergipanos, que tinham fortes laços comerciais com a elite bahiana, se opuseram à emancipação de Sergipe da Bahia, pois temiam perder seus interesses econômicos e comerciais com a nova configuração política.

Essa divisão de interesses reflete a complexidade da dinâmica política e econômica da época. Enquanto os donos de engenhos viam a emancipação como uma oportunidade de consolidar sua posição política e econômica, os comerciantes temiam que a separação da Bahia prejudicasse seus negócios. Essa divergência de opiniões entre os dois grupos econômicos ilustra as nuances da política sergipana na época.

A decisão de Dom João VI de emancipar Sergipe foi uma resposta à lealdade da região e também uma forma de enfraquecer a influência da Bahia na região. A Bahia havia apoiado o movimento republicano de Pernambuco, o que contrasta com a atitude de Dom João VI, que criticou a Bahia por sua posição.

A emancipação política de Sergipe em 1820 foi um reconhecimento da importância da região na manutenção da ordem e da estabilidade na região, e refletiu a complexa dinâmica política da época. Em resumo, a independência de Sergipe foi resultado da lealdade da região à Coroa portuguesa e da decisão de Dom João VI de recompensar essa lealdade com a emancipação política.

Autor: Antônio Porfírio de Matos Neto

  • Graduação em:
  • Direito
  • Economia
  • Ciências Políticas
  • Filosofia
  • Graduando em História
  • Pós-graduação em Gestão Municipal
  • Mestre em Economia
  • Doutorando em Filosofia
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