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Home Destaques

Filosofia em tempos contemporâneos imprevisíveis

27/06/2025
in Destaques, Educação
Filosofia em tempos contemporâneos imprevisíveis
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Luiz Eduardo Oliveira
Doutor em Saúde e Ambiente
Professor

Vimemos um período conturbado na história da humanidade, mas, na realidade, nunca usufruímos de um período de paz universal. Sempre houve a exploração “do homem pelo próprio homem”, participamos como coadjuvantes da colonialidade praticada pelos países do norte em relação aos países do sul ou fomos cúmplices do “aproveitamento” das sociedades ditas desenvolvidas comparadas com as subdesenvolvidas ou em “desenvolvimento”. Tudo isso serve para o momento presente, pois não evoluímos enquanto nação.

Na tentativa de estabelecermos um pensamento filosófico contínuo, no sentido de momentos de tensão e conflitos, vale mencionar as civilizações da Antiguidade: Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, China, Do Vale do Indo, Fenícios, Hebreus, Persas, Hititas, Celtas, que naqueles contextos, ascensões e declínios, sempre utilizaram dos discursos da supremacia bélica, econômica, étnica, religiosa…

Em uma retrospectiva, mais “recente”, de forma ligeira e rasa, sem ter a pretensão de ser exaustiva, podemos mencionar alguns conflitos que impactaram a história da humanidade e que deveriam nos levar à arte de filosofar, como  a Guerra de Troia, as Guerras Médicas, a Guerra do Peloponeso, as nove Cruzadas, as Guerras Napoleônicas, a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial.

Para tentar barrar a barbárie, criamos, enquanto humanidade, a Liga das Nações e logo depois a Organização das Nações Unidas, porém, mais conflitos se sucederam como a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, a Guerra da Coreia, a Guerra do Iraque, a Guerra do Afeganistão.

Outros continuam em vigência, apesar dos supostos esforços de paz, como a Guerra da Ucrânia, a Guerra em Gaza, a Guerra no Sudão, a Guerra entre Azerbaijão e Armênia, a Guerra Civil no Iêmen, etc.  Podemos incluir, de maneira preocupante, com grandes reflexos em crises humanitárias, os conflitos armados em Mianmar, Etiópia, Burkina-Faso, Somália, Nigéria, etc. Mais recentemente o conflito entre Israel e Irã, com possibilidades concretas de um acirramento nas relações internacionais, deixando claro que a (des) ordem mundial precisa ser analisada sobre outros ângulos.

Importante lembrar que os EUA invadiram o Panamá, em 1989, o Iraque, em 1990 e 2003, Afeganistão, em 2001 sob as mais variadas alegações e participaram em conflitos na ex-Iugoslávia, na Líbia, na Síria, no Iêmen e na Somália.

Uma nação soberana e democrática como os Estados da América invade um país, o Irã, solta armas de poder de destruição inimaginável e ainda diz que não é guerra.  Será mesmo que não devemos filosofar?

Os impactos econômicos e sociais provocados pelos deslocamentos forçados em massa, a fome e a falta de acesso a serviços básicos, aliados com a instabilidade nos mercados financeiros, ao aumento das despesas militares e no aumento dos custos de financiamento, podem e conduzem a humanidade à falta de segurança e à instabilidade internacional. Isso é fato.  O prognóstico é extremamente preocupante e perigoso. Por que não questionamos os porquês? Quem ganha com isso? Os perdedores somos nós, humanidade.

Para tentar encontrar respostas mais ou menos justificáveis, teremos que utilizar do pensamento filosófico e fazer uso de análises psicológicas, sociológicas, antropológicas, geopolíticas e econômicas, tornando necessário um estudo aprofundado, o que é inadequado, no momento. Mas temos o direito aos questionamentos, ou não?

A filosofia ressurge como um imperativo e como uma ferramenta que pode ser utilizada para nos conduzir, de maneira crítica, à reflexão sobre nossos valores, nossa ética, nosso senso de justiça, sobre nosso Judiciário e sobre os caminhos humanos em busca do conhecimento, em sentido amplo.  O amor pelo conhecimento deve prevalecer, sempre.

Sabemos que as primeiras buscas pelo conhecimento foram “naturalistas” e as argumentações foram baseadas na observação e no raciocínio. Os pré-socráticos construíram a cosmologia, ou seja, basearam-se na explicação do universo, e estabeleceram a ideia da argumentação, da lógica e da razão. Alguns filósofos daquele período, que são apresentados como os que iniciaram o pensamento filosófico, a exemplo de Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes também de Mileto, Heráclito, Empédocles, tiveram na água, no apeirón, no ar, no fogo ou na teoria dos quatro elementos, as suas bases filosóficas. Viver naquele período sempre foi tenso e perigoso.

Sócrates, direto do “Oráculo de Delfos”, mesmo sem ter escrito coisa alguma, forneceu as bases da filosofia ocidental, europeia, muito embora saibamos da existência de Kemet e da sua extrema importância para o “surgimento” da filosofia. Trataremos disso oportunamente, pois Kemet representa resistência e mais uma forma eurocentrista que tenta apagar o protagonismo universal do homem africano. Uma história contada sempre pela visão do conquistador.

Só a título de informação, Pitágoras estudou filosofia, geometria e medicina no Egito por aproximadamente 22 anos e o tal “teorema de Pitágoras” foi usado para construir as pirâmides, no Egito, 1000 anos antes do seu nascimento; Tales, o de Mileto (cidade localizada na Jônia, região da antiga Grécia), estudou na “terra dos pretos” por 7 anos. Hipócrates reconheceu o egípcio Imhotep como o pai da medicina, entre tantas outras informações não disponibilizadas. 

Já os astecas e os maias, a civilização de Tiwanaku (ou Tiahuanaco) que é conhecida como a “cultura mãe” da América do Sul, são apresentadas como alegorias e sem importância para o desenvolvimento e sem capacidades filosóficas.

Afirmar que o surgimento da filosofia ocorreu em um determinado país é muito simplista e caricato, não acha? O desenvolvimento de um pensamento filosófico sistematizado e crítico é outra coisa, extremamente importante, porém é preciso não desprezar culturas e povos que contribuíram no processo filosófico.

Não podemos esquecer que as civilizações, todas elas, mantiveram conflitos, participaram de guerras, exerceram a escravidão e tentaram destruir o diferente, o perigoso, o destruidor.

Platão, discípulo de Sócrates, acreditava que por meio do conhecimento seria possível controlar os instintos, a ganância e a violência, mas como vivemos em nossa caverna virtual não temos tempo para pensar ou “filosofar” sobre o assunto.

Caminhando nessa reflexão “filosófica”, passamos da “idade antiga” para a “idade média”, divisão temporal apenas didática e conveniente, para os ocidentais, do norte, logo após a queda do Império Romano do Ocidente e onde a influência da Igreja Católica ditou as normas do pensamento filosófico oficial. Em nome de Deus tivemos muitas batalhas sangrentas e mortais.

Passamos pela “Idade Moderna”, período marcado por grandes transformações na Europa, como o renascimento, as grandes navegações, o absolutismo e o Iluminismo e mantivemos o desejo de eliminar os diferentes, os concorrentes.

Nesse período, Hugo Grotius escreveu a “A Paz de Deus” onde abordou questões relacionadas ao direito marítimo e à justiça na relação entre nações, sendo fundamental para a compreensão dos princípios do direito internacional. Grotius analisou filosoficamente sobre os direitos da guerra, suscitando reflexão sobre o conceito de guerra justa. Já Jean Bodin, analisou o conceito de direito natural e sobre o conceito de justiça. Samuel von Pufendorf escreveu “O direito da natureza e das nações” com influência significativa na evolução do pensamento jurídico. Emmerich de Vattel que escreveu “O Direito das Nações”, livro que aborda questões relacionadas ao direito internacional e à justiça entre nações.

Não podemos desconsiderar o trabalho do filósofo Sun Tzu, autor do livro “A arte da Guerra”, que estabeleceu estratégias, táticas e planejamento para o sucesso nos conflitos e enfatizou a necessidade de conhecer os potenciais inimigos.

Heráclito via a guerra como um ato inerente ao próprio fluxo da vida e Platão via a guerra como um instrumento para alcançar a paz.

O fato é que assinamos um “Contrato Social” (Rousseau), sabe-se lá quando e quem foram as testemunhas e outorgamos ao Leviatã (Thomas Hobbes) o poder para conduzir nossas vidas, bem como utilizar do direito de decidir quando e contra quem fazer guerras. Chegamos à contemporaneidade, sem sermos modernos, uma referência ao filósofo Bruno Lator.

Neste cenário internacional, incerto, continuamos a praticar atos e contratos, ratificamos tratados, acordos e convenções, para mantermos o domínio dos países, ditos desenvolvidos, sobre as demais soberanias, sem a possibilidade de utilizarmos a filosofia.

Um Estado qualquer, seja sobre a Teoria Pura do Direito (Hans Kelsen) ou sobre a Teoria Tridimensional do Direito (Miguel Reale) não pode privar  seus cidadãos o direito à filosofia e nem tão pouco usurpar sua liberdade de expressão e, nem mesmo, cercear a capacidade de indignação diante dos rumos tomados em nome do Estado Democrático do Direito ou da Democracia.

Como intervir no cenário internacional se enfrentamos diariamente nossas guerras urbanas? Como pensar como um país soberano se não temos um projeto de Estado?

Estamos em um momento, chamado contemporâneo, extremamente instável, e não podemos abdicar o direto humano ao pensamento crítico e contestador. 

Filosofar é um ato libertador e pode ser instrumento de emancipação que incomoda ao status quo, ao establishment.

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