Após demorar 44 dias para receber o Sindijor-SE e não apresentar uma contraproposta de valorização, o sindicato patronal voltou a desrespeitar a categoria, desta vez em reunião no Ministério do Trabalho, realizada nesta terça-feira, dia 17. Os patrões insistem no reajuste salarial de apenas 3%, ou seja, abaixo da inflação, e ainda querem retirar direitos dos profissionais do jornalismo em Sergipe.
Ressalta-se que a pauta de reivindicação dos jornalistas foi definida em assembleia realizada no dia 07 de abril. Hoje, 17 de junho, o sindicato patronal chega de mãos vazias, apesar de saber que a categoria ficou indignada com a contraproposta apresentada. A pauta dos jornalistas é:
I) Atualização do piso salarial acima da inflação;
II) Inserção dos dependentes no plano de saúde;
III) Criação do auxílio vestuário
IV) Assistência integral aos funcionários vítimas de assédio sexual e/ou moral;
V) Incremento no salário base para quem tem pós-graduação, mestrado e doutorado, entre outras.
Ademais, os patrões exigem a exclusão da cláusula 49ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a qual determina o pagamento de um cachê aos jornalistas que fazem reportagens pagas em seus veículos de comunicação.
“O que vimos hoje é mais um desrespeito nas negociações coletivas. Eles exigem trabalho de excelência, mas nunca apresentam uma contrapartida mínima e digna de valorização à classe trabalhadora”, disse indignado o presidente do Sindijor, Milton Alves Júnior.
Uma nova reunião está agendada para o dia 30 de junho de novo no Ministério do Trabalho. “Esperamos chegar a um acordo bom para ambas as partes, só não podemos aceitar um reajuste abaixo da inflação, isso é desrespeito aos jornalistas sergipanos”, acrescentou o dirigente sindical. Vale registrar que o piso salarial em Sergipe é hoje, para a jornada oficial de 30 horas semanais, de R$ 2.433,86.