O filósofo grego Platão escreveu a Alegoria da Caverna em sua obra A República, com o objetivo de ilustrar como seus concidadãos viviam presos ao mundo sensível, enganados pelas aparências. A sociedade grega, à época, aceitava falsas informações por ausência de conhecimento crítico. Na alegoria, ele descreve homens acorrentados no fundo de uma caverna, que enxergam apenas sombras projetadas na parede, tomando-as como verdades absolutas. Um deles, ao se libertar, descobre o mundo real e retorna para contar aos demais, mas não é acreditado.
De forma análoga, a sociedade sergipana parece preferir permanecer nas sombras, sendo iludida por uma classe política marcada pela mediocridade e pela fragilidade em promover uma renovação genuína. Como romper com essas correntes obsoletas que impedem o pleno desenvolvimento do nosso Estado? A resposta passa, necessariamente, pela participação mais ativa dos intelectuais no processo de esclarecimento da população.
Conclusão
A Alegoria da Caverna, de Platão, nos leva a refletir sobre a importância do conhecimento e da razão como caminhos para alcançar a verdade. É essencial questionar as aparências e buscar o saber para superar as limitações do mundo sensível. Assim como na alegoria, a sociedade sergipana precisa libertar-se das falsas narrativas conceituais. Só então será possível atingir a verdadeira realidade do mundo inteligível — isto é, um cenário de pleno desenvolvimento para o nosso Estado.
Antônio Porfirio de Matos Neto
Graduações em Filosofia, Economia, Ciências Políticas e Ciências Jurídicas