Aracaju, cidade linda e acolhedora, recebe a todos de braços abertos, independentemente de onde venham. No entanto, como filósofo, economista e cientista político, percebo que existe outra Aracaju, que sofre com a negligência do poder público.
Quero falar sobre outra cidade, uma cidade subterrânea, que sofre diariamente com os esgotos sem tratamento despejados no Rio Sergipe. Com que obrigação o rio acolhe os seus dejetos? Essa outra cidade existe, e é lamentável que não haja um planejamento para viabilizar o seu tratamento real.
Para resolver esse problema, seria necessário viabilizar várias estações de tratamento, por exemplo, fazer uma no Bairro Industrial, para evitar o lançamento de dejetos sem tratamento no Rio Sergipe. Além disso, em relação ao bairro 13 de Julho, seria possível construir uma grande barragem que, na maré de enchentes, pudesse reter o afluxo, e na maré de vazante, abrir a barragem, permitindo que a drenagem fizesse parte do complexo de tratamento do Bairro Industrial, resolvendo o problema de toda a região próxima à Praia Formosa.
A falta de investimento das três esferas do poder, incluindo as emendas de bancada coletiva, é um grande obstáculo para o desenvolvimento dessa cidade. Espero que este pequeno ensaio possa refletir a necessidade de sanar essa situação.
Obrigado, Aracaju! Sem nos esquecermos da cidade subterrânea.
Antonio Porfirio de Matos Neto
Graduações em Filosofia, Economia, Ciências Políticas e Ciências Jurídicas