Olá gente boa,
Como cantou Heitor dos Prazeres, um dos maiores compositores do Brasil: “Eu cheguei, moçada. Abre a roda, moçada. Me deixem vadiar.” A música é uma celebração vibrante da cultura, expressando a alegria e a energia contagiante que ela nos traz. A cultura somos nós, com nossa identidade, nossos cheiros, sabores e cores. E eu sou filho dessa cultura.
Há duas semanas, fui convidado pelo prefeito Edvaldo Nogueira, incentivado por alguns amigos, a presidir a Funcaju – Fundação Cultural da Cidade de Aracaju – por esses três meses de mandato restantes.
Minha mãe, sempre cuidadosa, me perguntou: — Meu filho, são só três meses, o que você pode fazer nesse tempo? Não é arriscado? Respondi com o sentimento que carrego pela vida: — A senhora sabe que tudo o que tenho e conquistei foi através da cultura e da arte. Jamais posso me negar a trabalhar por ela, seja por dois dias, três meses ou quatro anos. Ela então me olhou nos olhos e disse: — Filho, você continua com a mesma essência de quando era criança. Continue assim.
Depois dessa conversa, meus amigos, foi hora de levantar da cadeira e trabalhar. Tomei posse no dia 11 e solicitei ao prefeito que não precisava de uma cerimônia oficial. O tempo era curto. Junto ao então presidente Luciano Correia, fui conhecer a Funcaju e sua equipe. Confesso que fiquei surpreso ao encontrar uma instituição organizada, bem planejada e funcionando de forma eficiente, com todos os setores bem ajustados e uma gestão competente. Aqui, deixo meus parabéns a Luciano pela equipe e pelo excelente trabalho realizado.
Com pouco tempo à frente, já proponho agilidade, como no pagamento da LPG, que está sendo quitada e as contrapartidas já estão em execução. Estamos revisando o Conselho Municipal, o Plano Municipal e o Sistema Municipal de Cultura. Formamos uma comissão para reestruturar a Lei de Incentivo à Cultura, que foi a primeira lei desse tipo criada em municípios no Brasil, em 1987, pelo então prefeito Edvaldo Nogueira. Queremos atualizá-la e torná-la um instrumento ainda mais eficaz para investir na cultura da nossa capital.
Leis, quando se tornam essenciais para a comunidade, ganham nomes, como a Lei Maria da Penha, a Lei Rouanet, e, em Aracaju, a Lei Edvaldo Nogueira. Estamos em negociação para incluir no orçamento da Prefeitura um investimento de 1,5% para a cultura, começando com 1% e aumentando gradualmente até 2% ao final dos quatro anos, em consonância com o Sistema Nacional de Cultura.
Estamos também organizando tudo o que foi dito nas escutas setoriais para planejar os investimentos de 2025 e estudando a criação da Escola Técnica de Cultura e Arte de Aracaju. Até o final deste ano, o cinema do Centro Cultural estará funcionando. Parcerias estão sendo firmadas, emendas parlamentares estão sendo executadas, e artistas estão se apresentando em toda a cidade.
Minha meta, até dezembro, é deixar a Funcaju com uma perspectiva de futuro e pronta para os novos desafios de transformar Aracaju na capital brasileira da economia criativa. Agradeço à equipe da Funcaju e ao prefeito Edvaldo Nogueira, ao vereador Fabiano Oliveira pela oportunidade de continuar sonhando com uma cultura forte e respeitada e ao meu querido amigo Augusto Celestino um querido e amado amigo.