A pesca e aquicultura é um setor que criou visibilidade e desenvolvimento em todo o mundo, pois gera emprego e renda, mas infelizmente em Sergipe temos muito que evoluir a nível de investimento, cuidado, visibilidade, reconhecimento e respeito. Essa é uma área que pode muito bem gerar emprego, rendas, divisas e possibilidades econômicas para várias micro regiões do nosso Estado. Temos hoje em Sergipe uma média de 30 mil pescadores e se você fizer uma multiplicação por família (pai, mãe e filho), temos pelo menos 90 mil pessoas que vivem diretamente da pesca e aquicultura.
Acontece dia 25 deste mês o leilão referente ao Terminal pesqueiro de Aracaju, mas já informamos que dia 11 encerrou o prazo de oferta de propostas para habilitações de documentos e não houve proposta para o nosso terminal, fazendo com que esse novo evento se torne deserto.
É nítido que precisamos de solução para o nosso Terminal pesqueiro pois existe uma necessidade iminente de uma estrutura adequada a necessidade vigente. A cidade de Aracaju já possui e ela precisa ser utilizada e explorada beneficiando toda a sociedade. Podemos transformar o prédio que está no centro da cidade, nosso Terminal pesqueiro, num ponto turístico onde todos os turistas que visitam Aracaju e os nossos mercados, tenham prazer em conhecer.
Quem conhece a estrutura que utilizamos sabe do que estou falando, os barcos quando chegam fica aquela fedentina que atinge toda a região dos mercados centrais e adjacências, aquela situação insalubre e estamos vivendo assim. Estamos deixando de ser o 4º maior produtor de camarão, enquanto outros Estados já passaram e nós não temos expectativas de ter uma beneficiadora adequada para abastecer o mercado e uma estrutura sanitária para que possamos adentrar nos cases de sucesso.
Existe um termo utilizado na pesca que quando uma coisa não está dando certo a gente chama pé frio, mas não vamos permitir que esse termo seja utilizado na pesca e aquicultura em Sergipe. O setor economicamente está dando certo em outros Estados, dentro das suas peculiaridades, seus problemas, mas de uma certa forma eles estão avançando, e precisamos superar e crescer em Sergipe.
Somos gratos ao que possuímos já que essa é a nossa realidade, mas precisamos melhorar a nível de setor. A pesca e aquicultura geram renda, movimentam a economia do Estado e isso é muito bom, mas precisamos de uma estrutura adequada no que diz respeito a higiene e beneficiamento para que nosso produto que é muito bom possa ser vendido não apenas aqui na região, mas possa ser enviado a todos os Estados do Brasil e quica por todo o mundo, além de poder ser oferecido a empresas e supermercados com nossa certificação.
Temos hoje o Ministério da pesca, uma grande evolução, pois o Governo Federal consegue ter um olhar mais preciso da nossa importância. O apoio desse poder é de grande valia, o que engrandece a nossa pauta.
O Estado de Sergipe no quesito pesca e aquicultura grita por socorro! Precisamos do apoio das três esferas de poder (Municipal, Estadual e Federal). Existe uma necessidade de diálogo entre os três poderes e a sociedade civil (empresários, pescadores, donos de barco e outros) para encontrar soluções para os problemas vigentes.
Tenho como proposta que possamos nos reunir enquanto setor produtivo para encontrar essa solução e fazer com que nosso terminal pesqueiro seja utilizado, fazendo assim o setor avançar e beneficiar toda a sociedade sergipana.
Humberto Eng
Administrador e gestor de pesca
Ceo da Expo pesca e Aquicultura