A chegada da “Nova República” no Brasil, mobilizou os movimentos sociais ligados aos trabalhadores, as feministas, as pessoas negras, ao catolicismo, entre outros. Ocasionalmente esses movimentos manifestando suas reivindicações e pontos de vista, contribuíram para construção da Constituição, o que também motivou em meados do anos 80 as lideranças evangélicas, em especial as do âmbito pentecostal a não ficarem para trás e buscarem não somente sua organização como também uma maior inserção no meio político com o objetivo de lutar pela preservação dos seus ideais.
“Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os perversos estão no poder, o povo geme”.
(Provérbios 29:2)
Responsáveis por executar seu papel bíblico, no que diz respeito ao lado espiritual, as igrejas foram despertadas para adoção de um trabalho de caráter social se fazendo presente em diversas áreas da vida dos fiéis, nas quais muitas vezes o poder público não consegue alcançar, sendo em muitos momentos o porto seguro para família, o alicerce para educação ou atuando na conscientização política dos seguidores para que dessa forma pudessem atuar no campo das políticas públicas.
Diante desse cenário, a conscientização política trabalhada dentro das instituições religiosas, foi de imensa relevância para o processo eleitoral. Os fiéis passaram a entender que ao eleger representantes evangélicos suas reivindicações e pontos de vista teriam muito mais visibilidade, algo que para uma população que outrora estava à margem da sociedade, tornou-se um feito histórico. Adquirir a noção de pertencimento a um seguimento, conquistar o poder de expressar sua vontade nas urnas, tornar-se desejável aos olhos políticos e atualmente acompanhar o crescimento desse trabalho, era tudo que os evangélicos desejavam.
Além disso, o número de evangélicos tem crescido cada dia mais, uma pesquisa do Datafolha em 2020, apontou que esse número, por exemplo, já englobava 31% da população brasileira que se declarava evangélica, crescimento que tornou-se importantíssimo na política nacional.
Artigo escrito
Eduardo Lima