Mesmo com pequenos percentuais, o estado registra crescimento contínuo desde 2020. Esta situação se justifica pelas políticas de incentivo ao setor, criadas há cerca de 4 anos pelo governo do estado #anuário peixebr #tocantins #produção de peixes no Tocantins #peixes Tocantins #piscicultura no tocantins
Por Antônio Oliveira
A produção de peixes de cultivo no Tocantins, em 2022, cresceu pouco menos de 1% sobre a produção de 2021, ou seja, saiu das 16.250 toneladas, em 2021, para 17.350 toneladas no ano passado. Nos últimos três anos, a piscicultura tocantinense se manteve em crescimento e está com tudo para se deslanchar de vez. Desde 2020, mantem-se na posição 18 do ranking nacional, conforme dados do Anuário PeixeBR da Piscicultura, da Associação Brasileira de Piscicultura. Esta estabilidade e mesmo que pequeno crescimento, se justifica pelas políticas de incentivo ao setor, criados há cerca de 4 anos pelo governo do estado.
A piscicultura no estado é praticada em tanques-rede, uma modalidade ainda relativamente nova, e, ainda, na sua maioria, em tanques escavados. Mas o estado tem potencial consolidado para a produção anual de quase 300 toneladas/ano de peixes por meio de tanques-rede nos lagos de hidroelétrica em seu território.
A maior produção do Tocantins ainda é de peixes nativos. Em 2022, os piscicultores tocantinenses produziram 16.600 toneladas deles; 750 toneladas de tilápia, espécie exótica que, em pouco tempo se expandirá por meio das fazendas de peixes ao longo dos lagos de hidroelétricas no estado.
Conforme a editoria do Anuário PeixeBR, “o desenvolvimento da piscicultura no Tocantins comprova como a segurança jurídica é imprescindível à expansão da atividade”.
– O estado encontra-se bem amparado em relação ao licenciamento ambiental e tem apoio da legislação para desburocratizar o processo para pequenos produtores. Tal segurança beneficiou, inclusive, a produção de tilápias em tanques-rede nos reservatórios da União – informam os editores do Anuário.
O levantamento da PeixeBR considera também que é “exatamente por conta desse cenário e da chegada de novos investimentos ao estado, que se espera o crescimento desse modelo de piscicultura em 2023”.
– Também há perspectivas de expansão com espécies nativas, ainda que em menor proporção, a partir de ações de fomento e políticas públicas – diz ainda o Anuário.
Detalhes negativos
O levantamento do Anuário lembra que, atualmente existe uma rede de frigoríficos de peixes nativos, em sua maioria desativados ou com baixo nível operacional. Esta situação é causada pela pouca oferta de peixes e, principalmente, pela competição no mercado local com peixes não inspecionados.
– Este é ainda um importante ponto a ser sanado pela vigilância sanitária e pela defesa agropecuária para que o estado possa se industrializar de forma sustentável – sugere a publicação técnica.
Tocantins é um tradicional grande produtor de forma jovens, inicialmente de peixes nativos e atualmente de tilápia, e hoje abriga o maior centro de melhoramento genético de tilápia do Brasil.
MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES
| RANKING | MUNICÍPIO |
| 1º | ALMAS |
| 2º | SÍTIO NOVO DO TOCANTINS |
| 3º | DIANÓPOLIS |
| 4º | PORTO NACIONAL |
| 5º | MAURILÂNDIA DO TOCANTINS |
| 6º | SÃO MIGUEL DO TOCANTINS |
| 7º | ITAGUATINS |
| 8º | IPUEIRAS |
| 9º | BREJINHO DE NAZARÉ |
| 10º | GUARAÍ |
*Com informações do Anuário PeixeBR da Piscicultura.
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