Em meio à crise sanitária mundial instalada pela COVID19, Sergipe é um dos estados que os casos de contaminação e óbito tem subido desenfreadamente. Sem levar isso em consideração, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, insiste em retornar às aulas presenciais.
Em assembleia geral da categoria, realizada nessa sexta-feira (29/01), os professores da rede municipal decidiram que só retornam às aulas presenciais após serem vacinados (1ª e 2ª dose). “Há escolas particulares que retornaram e agora estão retrocedendo, porque houve contaminação por covid 19 no ambiente escolar. Não queremos passar por isso, muito menos colocar em risco a vida dos nossos alunos, professores, pais e toda comunidade escolar”, enfatizou o presidente do Sindipema, prof. Adelmo Meneses.

O SINDIPEMA denuncia ainda que a Prefeitura de Aracaju/SEMED, não divulgou nenhum protocolo específico para as escolas públicas.
Foi solicitado, junto ao MP/SE que a PMA e SEMED estabelecesse diálogo com o sindicato, sociedade civil e comunidade escolar, para definir diferentes etapas de volta às aulas; medidas de higienização de acordo com cada especificidade das unidades escolares; condições necessárias de infraestrutura com ambientes seguros e adequados com acesso a água, sabão e ventilação; kits de prevenção; distanciamento seguro; higienização dos transportes escolares e fornecimento de materiais didáticos como reforço aos conteúdos programáticos nas atividades extraclasse.
A categoria deliberou as seguintes ações de luta:
- Estado permanente de assembleia.
- Retorno às aulas somente com a vacina (1ª e 2ª dose) e protocolo sanitário elaborado por uma comissão de professores e membros da direção do SINDIPEMA.
- Aprovado a Pauta de Reinvindicação 2021
- Veicular nos meios de comunicação nossa decisão sobre volta as aulas presenciais e o documento de protocolo sanitário de retorno.
- Solicitar ao MP/SE que acompanhe o repasse dos valores suspensos de 11%, que deveriam ser repassados da prefeitura para o Ajuprevidência em 2020, bem como o 1º repasse de 2021.
- Solicitar ao Ministério Público/SE que convoque a Prefeitura de Aracaju para explicar como se deu a licitação e contrato do GIER. Requerer ainda que o GIER seja cancelado e a rede municipal utilize outro tipo de sistema tecnológico.
- Requerer celeridade do Tribunal de Justiça referente a finalização da ação dos 20% – 1996.
- Solicitar ao Dieese dados referente ao Fundo de participação do município (FPM) 2016 a 2019; Valores do Fundeb, RCL, Gasto com pessoal, demonstrativo de receita, RREO dos anos 2016 a 2019; obrigatoriedade da aplicação dos 25% para educação.
Estamos sempre atentos para fazer valer nossos direitos, lutar pela vida e por uma escola pública de qualidade. Vacina já! Nenhuma direito a menos.